A primeira referência ao Arquivo Municipal de Lagoa é no próprio alvará régio de D. José, de 16 de janeiro de 1773, que cria o concelho de Lagoa e que refere “[…] a qual se remeterá à Camara da dita Villa, para se guardar no Archivo della para seu titulo; […]”.
Segundo alguns estudiosos, terá existido outro documento, seu contemporâneo, que instruiria “[…] que transitasse para a recém criada vila d’Alagoa, como fiel e honrosa depositária, o arquivo e o estandarte do extinto município de Alvor […]”, o qual foi integrado no termo de Portimão no primeiro documento mencionado. Essa informação é sustentável pelo facto de este município possuir o mencionado estandarte e, o Arquivo Municipal de Lagoa possuir um livro de atas da Câmara Municipal de Alvor (1749 – 1760) e uma carta régia para a mesma edilidade de 1766.
Ao longo dos tempos a documentação em posse do município transitou por distintos espaços até ser maioritariamente concentrada no Convento de São José.
Em 1999, a Câmara Municipal de Lagoa concorreu ao Programa de Apoio à Rede Nacional de Arquivos Municipais, visando a adaptação de um edifício, cujo início de construção se data de 1887 e que começou a funcionar como Depósito de Água em janeiro de 1890. Assim, em 2001, o Arquivo Municipal de Lagoa enceta uma nova fase da sua existência ao inaugurar este espaço especificamente destinado e adaptado para a conservação do acervo sob custódia desta edilidade.
Acervo arquivístico
O Arquivo Municipal de Lagoa detêm diversos fundos documentais em que se destacam, de entre os estatais, que incluiu:
Câmara Municipal
Administração do Concelho de Lagoa (1843 – 1927)
Câmara Municipal do Alvor (1749 – 1766)
Direção Geral de Saúde (1925 – 1971)
Recebedoria do Concelho de Lagoa (1837 – 1898).A nível de fundos de coletividades saliente-se:
Adega Cooperativa de Lagoa (1942 – 1967)
Armação do Cabo Carvoeiro (1885 – 1900)
Associação de Regentes e Beneficiários (1960)
Clube Agrícola Lagoense (1899 – 1939)
Empresa Corticeira Lagoense (1920)
Santa Casa da Misericórdia (1902 – 1934)Integra igualmente um grupo de arquivos familiares tais como:
Família Azevedo e Lobo (1739 – 1963)
Família Biker (1748 – 1922)
Família Formosinho (1851 – 1902).
Instrumentos de pesquisa
O Arquivo Municipal dispõe de uma sala de leitura e de uma pequena biblioteca de apoio à investigação.
É possível a reprodução dos documentos de arquivo mediante fotocópias ou digitalização.
Regulamento
Diário da República, N.º 82, II Série, Apêndice N.º 43/2002, Aviso N.º 3035/2002, de 8 de abril de 2002